terça-feira, 3 de março de 2009

Dilatar

Nada me transforma, nada me abala, nada me comove. Eu não transformo nada, eu não abalo nada, e não comovo nada. Tudo é claro, já aceitei os fatos, eu não mudo e muito menos quero mudar. Até que um dia, eu estava à toa e esbarro em você... Nossa! Como alguém pode transparecer tanta poesia, tanto encanto, tanta delícia, de ser o que é? Fiquei extasiada, não me atrevi a falar nada, só fiquei olhando enquanto podia só olhar, o que mas me encantou foi esse seu ar, de quem gosta de gostar, que só de respirar, parecia me purificar, como se eu fosse flutuar, mas o seu olhar me prendeu ao chão e descobri em você, sem querer, exatamente quem eu queria ser, e sonhar com o momento em que alguém me olhará como um dia eu te olhei, com os meus olhos pagãos descobrir em seus olhos toda a divindade de ser o que é. Pode ter certeza, que de mim eu poderei até esquecer, mas de seus olhos, nunca.

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